quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Encerramento da Etapa Portugal

Muito bem pessoal, encerramos hoje a 1ª Etapa do nosso intercâmbio, a Etapa Portugal. Tivemos dificuldades de acesso à internet no interior do país, mas seguem agora novas informações.

Estivemos em Castelo Branco, onde visitamos o Centro de Interpretação Ambiental. Muito interessante... este centro é equipado com equipamentos eletrônicos que permitem uma visita virtual por todo o Geopark Naturtejo, mostrando detalhes de espécies animais e vegetais e da formação geológica da região. É um projeto financiado pelo FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no valor aproximado de 300.000 euros, e se constitui em um portal de entrada ao Naturtejo.


Cesar Rego não parava de se perguntar: "Por que eu não pensei nisso antes?"

Em seguida fomos para a aldeia histórica de Monsanto. É uma cidadezinha toda feita de pedra, encravada em uma montanha que abriga ruínas de um castelo. A economia da cidade gira em torno do turismo, e está totalmente relacionada ao Geropark Naturtejo.

Subindo uma ruazinha de Monsanto

Em Monsanto tivemos uma visita guiada por Manuela Catana, do Geopark Naturtejo. A formação dos guias é uma grande preocupação do Geopark, pois eles devem estar habilitados para falar não apenas da geologia local, como também da história, cultura e aspectos gerais da região. A Manuela, por exemplo, é licenciada em biologia e geologia e especializada em patrimônio geológico e geoconservação.
Paramos para almoçar em "GeoRestaurante" para continuar a agenda de trabalho.


Até o restaurante era de pedra!!!

Por fim, depois de almoçarmos, fomos para Penha Garcia ver o museu de icnofósseis e como a rede de museus estão articulados também no entorno do Geopark.


O Grupo da MesoAraripe, com Penha Garcia

Ficam agora dois relatos, um da Larissa Maia e outro do Cesar Rego, sobre a experiência destes últimos dias...

A impressão que tivemos hoje foi a de que estávamos em um imenso vale (estendendo-se de Portugal a Espanha), onde pudemos ver vestígios de seres que viveram há milhões de anos, junto a vestígios de civilizações que deixaram seus castelos e construções que cujo objetivo era a defesa de inimigos estrangeiros (espanhóis, mouros, etc.).

LARISSA

O Geopark Naturtejo possui programas educativos que são coordenados e ofertados por guias turísticos jovens de excelente formação acadêmica e cultural, a exemplo de Tiago Filipe Glineira, licenciado em contabilidade e gestão financeira e com especialização em Marketing Turístico, e Manuela Catana, licenciada em ensino da biologia e geologia, e mestre em patrimônio geológico e geoconservação.

O Tiago nos acompanhou em todo o percurso, nos contou toda a história dos locais visitados com muita destreza e simpatia. Por sua vez,. A Manuela, por sua vez, forneceu verdadeira aula das transformações geológicas sofridas na região, há milhões de anos, que propiciou uma formação de rochas quartzíticas, rochas que possuem icnofósseis – vestígios de atividades e organismos – os mais relevantes são os vestígios de alimentação (estes animais escavavam para procurar alimento, e deixavam seus rastros no fundo dos oceanos).
 
Parabéns aos jovens talentos em suas atividades e programas educacionais na estrutura do Geopark Naturtejo, e parabéns ao Geopark Naturtejo, com suas fantásticas atrações turísticas e culturais.
 
CESAR REGO
 
Dentre várias observações que poderia fazer sobre a experiência de visitar o Geopark Naturtejo, eu gostaria de destacar neste post a amplitude alcançada por este Geopark. Ele envolve com muita eficiência, não apenas a geologia local como também aspectos históricos e culturais de todo o povo daquela região, e o faz promovendo uma visível harmonia e integração entre os setores público e privado de Portugal. Prova disso é a enorme quantidade de hotéis colaboradores do Geopark e o compromisso das câmaras municipais (correspondentes às prefeituras no Brasil) no financiamento da infra-estrutura de suporte ao turismo.

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Até a próxima, pessoal!

2 comentários:

  1. Raphael, com certeza as reuniões de trabalho da comitiva da Chapada do Araripe são as melhores. Esse é um benefício da cadeia produtiva do turismo.

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  2. Tomara que a próxima etapa do intercâmbio seja também bastante produtiva como esta. Parabéns pelo blog.

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